29 setembro 2010

Agradeça ao Richard Hellmann

Passei no supermercado para abastecer a geladeira e parei diante das prateleiras de maionese. Ai, deu calafrios! Eram tantas diferentes que eu fiquei sem rumo. Você que lê, deve estar pensando: "ué, mas vá na melhor, compra Hellmann’s". E era justamente isso que eu tentava fazer!

Só que fui atrás da Hellmann’s Light (eu sei, não faz diferença, mas eu gosto de acreditar que faz) e não tinha. E aí comecei a olhar para a família Hellmann's inteira: achei com limão, livre de gorduras trans, sabor manjericão, de queijo... Vi até Hellmann’s de Leite. Ai, que medo! Salve a original, não tem erro. Peguei, joguei no carrinho e lá mesmo no supermercado comecei a lembrar da história desta marca de maionese que é a primeira de todas - entre as industrializadas, of course!

A maionese, originalmente, é um molho fundamental da culinária, conhecido desde o século XVIII, servido frio e preparado à base de gemas batidas e azeite de oliva. Mas foi um alemão que teve a ideia de botar a coisa em vidros. Em 1905, recém-chegado a Nova York, Richard Hellmann abriu uma lojinha em que vendia a maionese caseira feita por sua mulher. A receita era das boas, fez sucesso e sete anos depois acabou despertando a atenção da indústria. Sempre me pergunto, será que ele ficou rico? Não sei... Nunca encontrei esta resposta. Mas para sorte dos nossos lambuzados lanches preparados na hora da fome (e para o azar da circunferência de nossas cinturas) a maionese Hellmann’s, sabe-se lá com quantas calorias a cada colher de sopa (não vou pesquisar isso, não quero saber!) está aí até hoje.

Outra hora, para engordar a lista de coisas trash para lambuzar o pão e tudo o mais que sua imaginação ousar descobrir, conto a história do bacana que enfiou 25 tomates em um vidro e fez nascer o catchup.

27 setembro 2010

Domingo + chuva = invenção na cozinha


Esse não é, definitivamente, um blog de receitas mas, vez ou outra, abro uma exceção e há até um tópico, Testado e Aprovado, com algumas delas. Na verdade, por enquanto sou melhor comilona que cozinheira, mas pratico bastante. E cá entre nós, dos tempos de vida em república de estudantes, quando miojo tinha status de refeição completa, até hoje, eu melhorei bastante. Aliás, tem gente que acha que eu sou fera nas panelas. Como alguém-não-sei-quem disse um dia, "tudo é uma questão de atitude". E eu, quando quero, engano bem.

   Inspirada por um chilli delicioso que comi outro dia no bar Exquisito!, na Bela Cintra, minha última investida no domingo chuvoso foi fazer esse chilli aí da foto, servido com nachos e um cream sour também de improviso. Sem um chef mexicano para me dar uma aula, trilhei o caminho óbvio: internet. Depois de milhares receitas, cheguei à minha. Ficou faltando o guacamole para acompanhar, mas como estava chovendo a cântaros (graças a Deus!), me arrumei com os ingredientes que tinha em casa.

Como nos conta a carioca Marcia Algranti em seu eficiente Pequeno Dicionário da Gula, o chilli com carne é um prato tex-mex, com forte influência americana, bastante comum em cidades que fazem fronteira com o México e também em Nova York. Consiste em carne ensopada com temperos e pó de chilli (mistura de pimenta seca moída, orégano, cominho, coentro, alho, cravo e pimenta da jamaica) que, ao final, é acrescida de feijão.
Bom, eu não tinha o pó de chilli em um domingo chuvoso, mas tinha pimenta dedo-de-moça no vasinho que cultivo aqui em casa. E, claro, que primeira investida, não ficou igual ao do Exquisito!, mas eu chego lá. Mãos à obra?

O que usei:

300 gramas de patinho moído
1 1/2 xícara de feijão fradinho cozinho
Alho e cebola para refogar a carne
Tomate em cubos
Umas dez pimentas dedo-de-moça pequenas (bom... eu curto receitas apimentadas!)
E um monte de tempero: cominho, páprica, orégano, coentro, cravo, noz-moscada e sal.

Como fiz:
Primeiro cozinhei o feijão só com uma folha de louro e bati metade dele no liquidificador com um pouco da água do cozimento, para formar uma pasta.
Em outra panela, coloquei azeite, refoguei alho e cebola e a carne. Aí fui juntando o tomate, os temperos e as pimentas. Por último, coloquei a pasta de feijão e os grãos que sobraram amassando-os um pouco com o garfo.

Para o cream sour
Bati um pouco de cream cheese com duas colheres de creme de leite e suco de limão. Era o que tinha em casa, mas, de boa? O original (no Santa Luzia tem) comprado é bem melhor.

21 setembro 2010

Já é hora de panetone?

Panetone, agora?
Estava lá circulando pelo supermercado com meu carrinho de compras, na sessão de hortifruti, disposta a começar a semana com a geladeira cheinha de frutas, quando quase derrubo uma pilha de caixas que surgiu do nada. E o que tinham as caixas? Panetones. Muitos, dezenas, centenas, talvez milhares. Enquanto os promotores afoitos tentavam descobrir a maneira de deixar aquela montanha de bolo natalino ainda mais em evidência, eu consultava na memória o calendário: 21 de setembro, daqui pouco mais de noventa dias estamos no Natal.
Voltei para casa imaginando que já deve ter um monte de gente pensando nos presentinhos, no corre-corre. Cantarolei Cazuza, "o tempo não pára!" (com acento sim, pois quando ele e o Arnaldo Brandão compuseram a música a gente ainda nem sonhava com Acordo Ortográfico). Então, sentei diante do notebook disposta a escrever um post sobre a origem do panetone mas... que nada!
Esse texto aqui vai ficar em mera constatação, pois ainda não é hora de panetone! Há tantos outros posts para escrever antes de falar de panetone, oras. Por enquanto, único panetone que eu quero e recomendo é aquele em fatia, vendido o ano inteirinho na Cristallo, por R$ 7,00. Para acompanhar, vou de expresso (R$ 3,30).

14 setembro 2010

Pequenas joias açucaradas

Amêndoas da Conti Confetteria (Crédito: Divulgação)
Adoro amêndoas confeitadas - do colorido suave, que remete à infância, ao delicado sabor, tudo é de uma sofisticação! Sempre que compro um saquinho faço um pacto com minhas culpas calóricas, prometendo que vai durar vários dias na bolsa, que vou degustar uma a uma, em ocasiões especiais. Mas não rola: passo o dia pensando que tenho aquelas pequenas joias açucaradas na bolsa, acabo concordando com os meus botões que mereço só mais umazinha hoje e... quando me dou conta, já foi!

Pistache açúcarado (Crédito: Divulgação)


Muito comuns nos casamentos, sobretudo de árabes e italianos, as amêndoas confeitadas simbolizam a sorte e a felicidade do casal. Em geral, elas são entregues depois da festa, para agradecer os desejos de saúde, riqueza e vida longa recebidos, mas também é comum enviar amêndoas no convite de casamento ou junto com o cartão em que o casal agradece a presença dos convidados no festão. 

Apaixonada pelo universo alegre do doce, a italiana Antonella Conti criou a Conti Confetteria, que é uma verdadeira perdição, com quinze lojas na Itália, além de pontos de venda na Harrod's, em Londres, nas cidades de Abu Dhabi e Dubai, nos Emirados Árabes e, para alegria das noivinhas brazucas de plantão, no Shopping Morumbi, em São Paulo. 
Amêndoas de chocolate e de mexerica (Crédito: Divulgação)

A loja é, na verdade, um showroom para encomendas para casamentos, eventos e afins, mas lá também é possível comprar amêndoas confeitadas a granel. São 34 sabores, como a avola regina (amêndoa sem pele embebida em licor de laranja) e as amêndoas envoltas em chocolate amargo, branco ou ao leite, além de avelãs trufadas com chocolate branco e pistaches confeitados, que chamam a atenção com as cascas verdes de açúcar. As cores, aliás, são um show à parte. Além da tradicional branca e das coloridas em tons pasteis, encontra-se amêndoas douradas, prateadas e até vermelhas.









13 setembro 2010

Para os chocólatras de plantão

Bolo divino (Crédito: Divulgação)
Confesso que não sou louca por chocolate. Entre um bolo de chocolate e um bolo de fubá da vovó, daqueles sem recheio e cobertura, eu fico com a segunda opção. Mas sou formiga - e formiga que é formiga não recusa açúcar jamais. Fora isso, tenho a desculpa de que "faz parte do ofício". E isso já basta para eu ter ficado beeem interessada em provar o bolo divino (R$ 65,00 o quilo), novo lançamento da Anusha. Receita da chocolatière Ana Maria Castanho, a tentação é feita de massa, camada de suspiro e ganache, tudinho de chocolate. É servida quentinha e faz boa parceria com o expresso simples (R$ 2,50), feito com blend próprio. Agora se a pedida é encarar uma dose extra de caloria sem culpa, que tal o café Anusha (R$ 6,00), que chega com Nutella?
Em visita à loja, aproveite para conhecer a linha de brigadeiros, que não para de crescer. Entre as novas versões estão o de marzipan (R$ 4,00), o de paçoca (R$ 3,50) e o de Amarula (R$ 4,00).

12 setembro 2010

Sai um pão na chapa no capricho!

Puxa, se tem algo que eu sinto falta quando viajo para fora do Brasil é o simples, básico e delicioso pão na chapa. Já comi pão com manteiga em Portugal, bagel with butter em Nova York, mas nada se compara com o nosso autêntico pão na chapa. Em geral, peço com um pingado e, para arrematar, um expresso. Ah, que dia vai ser ruim depois de um começos desses heim? Abaixo, meus endereços prediletos de Sampa para comer um bom pão na chapa. 

Em dia de semana e, preferencialmente depois das 9h, para fugir do tumulto:

Bella Paulista (Haddock Lobo, 354, Cerqueira César) - vive lotada, o atendimento já me tirou do sério...mas não sei explicar, eu curto o pão na chapa desse lugar. E ponto.
Galeria dos Pães (Rua Estados Unidos, 1645, Jardins) -  é perto de casa e, depois das 9h, já está mais tranquila. Mas aos sábados e domingos eu nem me arrisco.
Benjamin Abrão (Rua José Maria Lisboa, 1397, Jardins) - a do Higienópolis vive lotada, mas a dos Jardins até que é tranquila nos dias de semana. E eu também gosto da chipa de lá. Então, programa casado: tomo café da manhã e levo o lanche da tarde.

Sábado e domingo:

Maria Louca Casa de Pães (Rua dos Patriotas, 874, Ipiranga) - inaugurada no finalzinho do ano passado, é uma padaria gigante e, por estar no bairro, dificilmente vai estar lotada. Além de tudo, funciona 24 horas e suas prateleiras guardam mais de 2 mil produtos
Café Girondino (Rua Boa Vista, 365, centro) - verdade que esse endereço serve também para o chope do fim de tarde, mas é parada das boas para quem resolve bater perna pelas ruas tranquilas do centro no domingão. Bom programa pós-missa do Mosteiro de São Bento ou antes de ir curtir alguma exposição no CCBB.

09 setembro 2010

Sobre Picuí, Mocotó... e uma musse para você fazer no fim de semana

Carne de avestruz (Crédito: Divulgação)
Outro dia estive em Maceió para visitar os vencedores da última edição da Veja - Comer & Beber da cidade. Só que esse "outro dia" é forma de expressão dos tempos modernos, pois me dei conta que já faz um ano: a próxima edição do especial gastronômico da capital alagona vai às bancas no fim do mês e, dessa vez, eu estou colaborando com a edição dos textos. Foi assim que acabei por relembrar do Picuí, uma delícia de restaurante comandado pelo chef Wanderson Medeiros.

Há alguns anos ele assumiu o comando da casa inaugurada no fim dos anos 80 pelos pais, Rosimero e Inácia e..bingo! No comando das panelas, deu novo fôlego ao restaurante famoso por servir enormes porções de carne de sol. Quando estive lá, provei uma criativa carne de sol de avestruz que chegou à mesa com um creme de abóbora suave e rodelas de bananas flambadas. Tudo de bom, mas o que fica batendo na minha memória adocicada é mesmo o sensacional sorvete de rapadura.

Rodrigo Oliveira (Crédito: divulgação)
E de onde o Wanderson Medeiros tirou essa receita? De um restaurante paulistano, do qual ele é fã confesso: o Mocotó, comandado pelo chef Rodrigo Oliveira que, assim como Wanderson, assumiu a casa fundada pelos pai em 1973 e, com suas revisitas às receitas nordestinas, tornou-se um dos chefs mais badalados da nova geração. 
No mês de outubro (21/10), Rodrigo ensina, em uma única aula, a fazer saladinha de feijão-verde e queijo de coalho, escondidinho de carne-seca e tapioca de café com doce de leite e chocolate. Inscrições abertas desde já na Escola São Paulo. Por enquanto, você pode testar uma das receitas do chef aí na sua casa.



Musse de Chocolate com cachaça


Musse (Crédito: Divulgação)


Ingredientes
350g de chocolate amargo (70%) de cacau picado
250g de creme de leite fresco
100g de cachaça artesanal envelhecida em bálsamo
45 g de manteiga derretida
75g de açúcar
6 claras e 6 gemas


Para a decoração
Calda de chocolate
Raspas de chocolate
Chantilly de cachaça (feito com 350ml de creme,100ml de cachaça branca e 50g de açúcar na batedeira)


Modo de fazer:
Derreta o chocolate em banho-marinha e mantenha-o aquecido. No liquidificador, coloque as claras e, com o aparelho ligado, adicione o chocolate derretido, a manteiga, a cachaça e o açúcar. Reserve e dexe esfriar completamente. Numa tigela de inox, leve as gemas ao banho-maria batendo até chegar a um creme fofo e brilhante. Tome cuidado para não coagular as gemas com calor excessivo. Reserve.
Depois que estiver frio, vá para a segunda etapa: bata o creme de leite gelado até firmar e triplicar de volume. Junte gentilmente as gemas e, por último, o creme de chocolate. Despeje em taças, leve a geladeira e depois decore com chantilly de cachaça, calda de chocolate e raspas. (ufa, acho que a melhor pedida é mesmo correr para almoçar no Mocotó. Mas vá cedinho viu? A casa lotaaaaa!).



01 julho 2010

Férias de julho: leve a criançada para a cozinha

Cupcake feito pela criançada  e...
bolo no palito (Crédito: Divulgação)

Não sabe o que fazer com a criançada nas férias? Manda pra cozinha! Ao longo do mês, Paula Gradícola vai coordenar dois cursos bacanas para esse público. De 5 a 30 de julho, de quarta a sábado, entre 14h30 e 16h30, a molecada de 5 a 15 anos aprende a fazer cupcake. A aula inclui a massa e também a decoração com pasta americana, confeitos, glacês... Às terças, quarta, quintas e sábados, no mesmo horário, ela também ensina meninos e meninas entre 3 e 13 anos a fazer esse bolo no palito bacana aí da foto.
Cada aula custa 120 reais, com lanche incluso. E o melhor: as gulodices preparadas podem ser levadas para degustar em casa com a família. Os cursos serão no Atelier Fazendo Arte (Avenida Côte d'Aazur, 644, Granja Viana, Informações e inscrições: 11-4777-9436 e 11-9602-5543). Gostou da ideia e quer gastar menos? Que tal reunir os amigos do seu filho e fazer a bagunça na cozinha da sua casa mesmo? Dá para enrolar brigadeiro, fazer biscotinhos...

25 junho 2010

A razão e o prazer de cozinhar

Não conheço um único cozinheiro capaz de dispensar um elogio. O que muda é a forma de pedir e receber. Minha mãe é daquelas que serve a receita avisando "não deu muito certo, errei a mão hoje". Alguém acredita? Claro que não. E se algo desandou mesmo, depois desse mea culpa, quem vai ter coragem de dizer algo? Já minha irmã frequentou outra escola: alardeia, serve fazendo barulho, diz que nunca ninguém provou nada igual, que ela finalmente chegou à receita definitiva de tal quitute. Acredita que está tão perfeito que convence todo mundo mesmo se houver um açúcar a mais aqui ou um sal a menos ali. E, para completar, é daquelas que não compartilham receitas e segredos sem antes fazer você implorar de joelhos! E eu? Bom, acho que fico no meio termo das duas: a timidez me ensinou a não dar bandeira, mas confesso que sempre que alguém prova algo que eu fiz, seja um simples brigadeiro ou algo bem mais elaborado, sinto um "tan tan tan tan!" à la Beethoven dentro de mim. Delícia quando o elogio vem em seguida!

Sabe o que me deixa extremamente feliz em um restaurante ou no balcão de qualquer doceria? A pergunta sincera, seja do chef, do garçom ou do atendente: "O que achou, gostou?" Para mim, demonstra não apenas o interesse de vender, mas o de realmente agradar o meu paladar. É verdade que diante desta pergunta eu passei por muita saia-justa pois, por conta de alguns trabalhos, já testei muita coisa em um mesmo dia. E aí, as leis da saúde, da circunferência da cintura e, porque não dizer, do bom senso mesmo, nos obriga a apenas provar, deixando com dor no coração um tantão no prato. Mas acho que me saí bem com as respostas na maior parte das vezes, pois quando gosto, elogio mesmo, sem medo de ser feliz. E aí, abre-se aquele sorrisão, gostoso. Afinal, há outro motivo para cozinhar se não for para agradar os amigos, os parentes, os amores - e também os clientes?

Isso me fez lembrar um trecho de Para Viver um Grande Amor, do Vinicius, que reproduzo abaixo. Que sirva de inspiração para aquela bagunça que você certamente vai fazer aí na sua cozinha no fim de semana!  
  
(…) Conta ponto saber fazer coisinhas: ovos mexidos, camarões, sopinhas, molhos, estrogonofes – comidinhas para depois do amor. E o que há de melhor que ir pra cozinha e preparar com amor uma galinha com uma rica e gostosa farofinha, para o seu grande amor? (…)

23 junho 2010

Festival do Morango

Olha só a descrição: bolo de massa fofinha, com muito recheio, cobertura e cheinho de morangos? Isso te lembra o quê? Para mim, Amor aos Pedaços. A marca, uma das primeiras a exibir vitrines com bolos e tortas bem recheadões promove há mais de duas décadas o Festival do Morango. Na 22ª edição, que começou dia 1º de junho e vai até 31 de outubro a fruta aparece em nada menos do que 27 receitas. 
Merengue de Morango (Crédito: Divulgação)

Para levar para casa inteirinho ou comer uma fatia direto no balcão, faz sucesso há várias edições o merengue de morango, que traz discos de suspiros intercalados 
com chantilly e creme da fruta. 

Bolo rocambole (Crédito: Divulgação)

Outra opção é o bolo rocambole de morango, com massa de chocolate recheada com creme trufado, mais musse e camada fininha de geleia, ambos de morango... 

Doce de colher light (Crédito: divulgação)

Tá de dieta, não pode nem pensar em ingerir açúcar? O doce de colher com morangos 0% de açúcar vem em uma porção individual, em um copinho, e combina creme de coco com morango picado, decorado com coco seco em flocos e morango. 



Se ainda precisa de motivos para parar em uma Amor aos Pedaços nos próximos dias, continue a ler esse post:

O morango é originário da Europa, típico dos países de clima temperado a frio. Justamente por isso, sua melhor época no Brasil é nos meses de inverno.Trata-se de uma fruta pouco calórica, rica em fibras, magnésio, potássio e ácido fólico. Tem ainda vitamina C, que desempenha um papel importante como antioxidante, reforça o sistema imunológico e é fundamental na cicatrização de feridas. O morango contém também flavonóides, que podem ajudar a prevenir algumas doenças, como o câncer. Na hora da compra, escolha os mais vermelhos, firmes, sem manchas ou partes amolecidas. Por ser um fruta muito sensível, deve ser pouco manipulada. Guarde o morango na geladeira por três ou quatro dias e, hora de consumir, lave-o em água com gotas de vinagre. 

21 junho 2010

É pra esquetá!

Cappuccino quentão (Crédito: Divulgação)
O mês está passando rapidinho e eu já cai em duas festas juninas este ano. Muito quentão, vinho quente, canjica, arroz doce, paçoca, cuscuz... e até simpatia para Santo Antônio! Agora tenho em mãos a receita de um cappuccino quentão enviada pela marca de cafés 3 Corações, que pode fazer bonito nas festas de São João (dia 23) e de São Pedro (dia 28) ou até mesmo no inverno que começou hoje. Ok, o clima desse primeiro dia de inverno está mais para sorvete, mas garanto que não vai faltar frio nas próximas semanas. E, quando isso acontecer, basta reunir a família e os amigos e testar a receita. Se ficar boa, conta como foi e manda fotinho que eu publico, ok?


Cappuccino Quentão

Ingredientes:
Para o caramelo:
2 colheres (sopa) de cappuccino
100 gramas de açúcar
2 colheres (sopa) de água
1 colher (chá) de pimenta do reino preta moída
1/4 de copo de creme de leite
1 colher (sopa) de manteiga
Para o quentão:
1 litro de cachaça
500 ml de água
3 paus de canela
6 cravos
1 raiz de gengibre descascada e cortada em rodelas
3 colheres (sopa) de água

Mãos à obra:
Comece pelo caramelo: misture o açúcar e a água em uma panela e leve ao fogo até chegar ao ponto de caramelo. Desligue o fogo, acrescente e creme de leite previamente misturado ao cappuccino, pimenta e manteiga, batendo sempre. Reserve. Em outra panela, leve ao fogo todos os ingredientes do quentão, exceto a cachaça. Deixe ferver até reduzir à metade e, então, acrescente a cachaça, Após 5 minutos, tempo suficiente para evaporar a bebida alcóolica, retire do fogo e coe. Então, chegou a melhor hora, a de provar: coloque a bebida na xícara e acrescente uma colher do caramelo ainda quente. Pra ficá bunito que só, é só enfeitá com uma casquinha de limão, igualzinho na foto sô.
Dificuldade: Média
Rendimento: 10 pessoas

27 maio 2010

Brigadeiro: um luxo só!


Gulodice anda tão largadinho! Ê 2010 cheio viu! Ando escrevendo e editando bastante texto, sobretudo de coisas boas, como vinho e comida. Acabei de colaborar na edição de O Melhor da Cidade de Veja nas cidades de Brasília, Recife e Belém (este foi às bancas esta semana) e agora estou trabalhando em um material bacana para um livro sobre culinária brasileira. É tambaqui, tacacá, maniçoba, bode, charque, jambu, tucupi... e meu pensamento voou longe, direto para um brigadeiro, sabe-se lá por que razão (ops, claro que sei, é a alma de formiga associada à dieta santa de todo dia!).

O que me chamou a atenção é que nenhum dos livros de gastronomia brasileira que consultei nos últimos dias fala desse docinho feito à base de leite condensado, chocolate e manteiga, quase sempre envolvo em chocolate granulado. A receita surgiu nos anos 1940, quando um grupo de senhoras cariocas preparava quitutes para a campanha presidencial do Brigadeiro Eduardo Gomes. Com o tempo, docinho do Brigadeiro virou apenas brigadeiro, se espalhou pelo Brasil e ganhou até outros nomes – na região sul, atende pelo nome de negrinho.

Quando penso nas viagens que fiz sempre lembro dos doces: pastel de nata em Portugal, churros na Espanha, doce de leite (o meu doce preferido, sempre!) na Argentina... Pois então? Para mim, virou tipo obrigação apresentar aos amigos gringos um brigadeiro: enrolado, no potinho ou até aquele que a gente faz em casa, para comer com os amigos, sobrinhos, irmãos... direto na panela mesmo.

Mas que tal um pouco mais de glamour? Depois da temporada de brigadeiro na colher (que, alias, continua firme e forte), chegou a moda do brigadeiro gourmet. Aqui em Sampa, quem teve a ideia de sofisticar essa perdição de chocólatra foi a Maria Brigadeiro, que prepara mais de 40 receitas exclusivas do doce, vendidos em embalagens de diferentes tamanhos - a menor leva quatro brigadeiros. Mas o que enche os olhos são mesmo as marmitinhas com 15 ou 30 unidades do doce, embaladas com tecidos coloridos. Veja as fotos aí embaixo, não é um arraso?



E esses dias dois amigos-também-formigas me chamaram a atenção para outro lugar fofo, a Brigaderia, com duas lojas na cidade, onde o docinho aparece em variações como vinho do Porto, gengibre, paçoca, amêndoa e Nutella. A vantagem da Brigadeira é que dá para comer unzinho direto no balcão, dois, três... Ou levar vários, se você quiser. E as caixas em tecido também são de babar.



Ah, é claro, grife, luxo, gourmet e outros adjetivos têm seu preço, até porque as duas casas fazem uso de ingredientes de primeira, a começar pela massa do docinho, que leva chocolate importado. Na Maria Brigadeiro, a caxinha com 4 unidades sai por R$ 13,00. Na Brigaderia, dá para comprar um só por R$ 2,50.

17 março 2010

Um legítimo Picuí na Boa Lembrança

Como diria minha mãe, tudo tem seu lado bom - até mesmo o trabalho. No ano passado, enviada para Maceió para visitar os melhores bares, restaurantes e comidinhas do especial O Melhor da Cidade publicado pela Veja, tive a oportunidade de conhecer o Picuí, vencedor da categoria Bom e Barato.

O restaurante, não há dúvidas, é um autêntico descendente da família paraibana da minúscula cidade de Picuí, que ao longo das décadas se espalhou pelo nordeste propagando sua especialidade: a carne de sol. Só que com o chef Wanderson Medeiros, filho do fundador, esse Picuí foi além, inovando na apresentação dos pratos, na mistura dos ingredientes (que dizer da carne de sol de avestruz com molho cremoso de abórbora e bananas salteadas no azeite e do incrível sorvete de rapadura com fios de mel do engenho?) e na charmosa decoração do restaurante à beira-mar.

Daí mais que merecido o fato de, a partir de agora, o Picuí fazer parte da Associação dos Restaurantes da Boa Lembrança. Que a novidade sirva de estímulo para que Wanderson continue a criar pratos capazes de encantar os olhos e, sobretudo, o paladar. Se estiver por Maceió, visite!


12 março 2010

Legalize Cachaça!

Outro dia, para uma matéria da revista Dufry, entrevistei o americano Steve Luttmann. Sujeito boa praça, divertido, cuja história é parecida com a de muitos gringos que desembarcam por aqui. Logo de cara, ele se amarrou em duas coisas: mulher brasileira e caipirinha. Só que não parou por aí. Luttmann casou com uma brazuca, que agora vive com ele nos Estados Unidos, e comprou uma antiga destilaria na cidade Pato de Minas, onde produz, com a ajuda de um master distiller francêsv a cachaça Leblon. Já no primeiro time das branquinhas, a bebida que tem entre seus fãs o chef-mais-queridinho-do-país Alex Atala é mais vendida lá nos states do que por aqui.

Só que tem um probleminha: os órgãos responsáveis locais não reconhecem a marvada. Por lá, vejam só que sacrilégio, nossa água-que-passarinho-não-bebe é vendida como brazilian rum. Então, de olho no dia que todos americanos saberão pedir Ka-SHA-sa e Kai-pur-EEn-ya assim, com a boca cheia (e também no dia em que seu cofrinho é, claro, vai ficar ainda mais recheado), Luttmann lançou o movimento Legalize Cachaça. Na esteira, há ações promocionais como a desse, digamos, "cachaça móvel", que vem percorrendo as praias de Miami há cerca de um mês tocando bossa nova e distribuindo.... Você disse Ka-SHA-sa? Errou! Só caldo de cana fresquinho mesmo, porque nos EUA a distribuição de bebidas alcóolicas na rua é proibido. O carrinho só libera a caipirinha feita de Leblon quando estaciona dentro de eventos fechados. Coisa de gringo!

03 março 2010

Sorvete (e surpresa) no palito

Nas minhas memórias de infância há lembranças de muito sorvete de palito Kibon tomado na beira de praia. Dos mais simplezinhos, gostava dos de coco - aliás, gosto até hoje. Mas o mais legal era a expectativa de encontrar uma surpresa no palito. Diziam que tinha até bicicleta, mas nunca conheci alguém que tenha ganhado uma. Mas eu ganhei uma vez um bumerangue vermelhão - daqueles perfeitos para atacar cabeça de tia na beira da praia - e muito, muito, muito "vale outro sorvete". Taí: acho que os verões à beira mar foram as épocas mais sortudas da minha vida. Ganhava sempre mesmo. A mania da promoção continua e está bem mais incrementada (a Kibon já congelou com devido isolamento térmico até ipod dentro do sorvete), mas eu já não me empolgo tanto.

Mesmo assim, achei bacana saber que a brincadeira está rolando também com os picolés do Lá na Venda. Em tempos de culto à dieta, pode até parecer presente de grego. Mas, se a gente precisa de uma desculpa para encarar mais um, vale lembrar que os sorvetes da marca são natureba, tudo feito sem corante ou conservante, sacou?


Socorro!!! Continuo com a ideia fixa de abandonar o jornalismo e virar sorveteira.

01 março 2010

SP Restaurant Week começa hoje

Pois, começa hoje a 6ª edição do São Paulo Restaurant Week. Até dia 14, 200 restaurantes oferecem entrada + prato principal + sobremesa por um preço único: R$ 27,50 no almoço e R$ 39,00 no jantar (mais R$ 1,00 para a Fundação Ação Criança). Espiei a lista e senti algumas ausências, que marcaram presença nas outras edições (Sei lá, será que rolou uma debandada dos restaurantes, digamos, mais bacanas?). Ainda assim, tem bastante endereço que vale a pena. É só clicar aqui, escolher, se programar e curtir.

27 fevereiro 2010

Água com bossa

Puxa, estava lendo o texto abaixo em um blog portuga bem legal que se chama Delícias Saudável e achei que devia tomar uma atitude politicamente correta e publicá-lo no blog. Afinal, eu só falo de comida - e geralmente, das mais calóricas né? Pois então, para manter tudo sob controle, água! Todo mundo sabe que faz bem, mas muita gente esquece ou, por displicência, troca por...refrigerante. Argh!!!!!!! Modéstia parte, eu tomo muita água - mesmo!

E ultimamente estou em uma onda de aromatizar as jarrinhas aqui de casa. Água aromatizada é chique, saborosa, custa quase nada e não tem nenhum convervante, A minha versão-preferida-do-momento é colocar um galho de hortelã, uma pimenta malagueta e duas rodelas de limão (cuidado: se ficar muito tempo, o limão amarga). Na foto aí de cima, outras sugestões para dar uma bossa especial à aguinha de todo dia. Mas claro que você pode inventar a sua. E se for bem diferente, me conta!



Todos os benefícios da água

Cerca de 70% do nosso corpo é composto por água e, quem sabe se não é por essa razão que este líquido vital é o melhor remédio natural que existe. Além disso, ajuda a emagrecer e é uma grande aliada da nossa pele.

Combate o câncer
Uma ingestão insuficiente de água aumenta o risco de câncer na bexiga e no cólon porque fomenta a concentração de substâncias tóxicas nestes órgãos. Uma ingestão adequada de água reduz o risco.

Combate as infecções
Beber entre cinco a oito copos de água por dia reduz a produção de pedras nos rins e as infecções urinárias. Também mantém as mucosas do sistema respiratório convenientemente hidratadas, e diminui o risco de infecções virais como a gripe. A água também ajuda a limitar a incidência de ataques de asma.

Cuida da boca
A saliva, que contém substâncias antibacterianas, diminui se não bebermos água. Isto favorece a presença de bactérias que provocam gengivites, cáries e outras doenças da boca.

Regula o metabolismo das gorduras
Uma ingestão insuficiente de água faz com que os depósitos de gordura do nosso corpo aumentem, devido a um funcionamento incorreto do fígado, responsável por metabolizar as gorduras e convertê-las numa fonte de energia para o organismo.

Ajuda a ficar saciada (o)
A água tem um efeito saciante e, portanto, faz com que comamos menos. Para além disso, como a água que bebemos está a uma temperatura mais baixa do que a corporal, o organismo tem de queimar calorias para poder aquecê-la.

Evita a retenção de líquidos
Quando o corpo recebe pouca água interpreta-o como uma ameaça para a sua sobrevivência e compensa essa carência retendo líquidos. Para o evitar, basta fornecer-lhe toda a água de que precisa.

Trava o envelhecimento
Com o passar dos anos, o nosso organismo perde cada vez mais água, o que afedta, sobretudo, a pele. No entanto, se bebermos o suficiente, o equilíbrio entre a água que possuímos e a que perdemos mantém-se, e a pele mantém-se jovem durante mais tempo.

Reforça a função protectora da pele
Para que se possa defender de agentes prejudiciais como o sol, o frio, o vento, a poluição ou as infecções, é fundamental que a pele mantenha um grau ótimo de humidade. Caso contrário, fica debilitada e exposta a todo o tipo de agressões, que a tornam irritável e sensível.

25 fevereiro 2010

Profissão, sorveteira!

Puxa, sol escaldante - e eu vejo uma notícia desta!
Olha só, que tal ir para Itália estudar na universidade do sorvete? Ops, quer dizer, o nome é Gelato University Carpigiani e fica na cidade de Bolonha.
Ai ai ai, fiquei pensando cá com meus botões: não quero mais ser jornalista, quero ser sorveteira!
Aliás, era essa a resposta que eu deveria ter dado aos adultos que insistiam para saber o que eu iria querer quando crescer: "Quero ser sorveteira, quero ser sorveteira!"
Vale espiar o vídeo da BBC Brasil clicando na imagem abaixo:



Pronto! Está anotado na agenda. "Planos para o próximo verão: ir estudar na Itália".