19 novembro 2008

Saco do Mamanguá - Peixe, só no mar


Tirei uma semaninha de folga e não me passou pela cabeça que encontraria assunto gastronômico em um lugar como o Saco do Mamanguá, no Rio de Janeiro, onde toda a oferta são três barracas de caiçara que servem peixe, arroz, feijão e farinha. Uma delas, tocada por um simpático senhor evangélico, nem cerveja para acompanhar... A verdade é que comida é sempre comida e até quando ela falta vira assunto.


Nem mesmo na alta temporada o único fiorde brasileiro oferece mais que o PF a base de peixe. Chega a ser surpreendente a falta de hábito de fazer uma horta no quintal para garantir uma saladinha, um temperinho... A única coisa que eles plantam é a mandioca, que garante a farinha para o ano inteiro - em boa parte do ano, ela inclusive substitui o arroz.


Desembarcamos no Saco do Mamanguá de mãos abanando, porque disseram que tinha uma venda por lá. Uma trilha de 1h20 e quatro praias depois, chegamos ao tal bar do Zizinho (um dos três do local), que tinha sim uma vendinha anexa. Mas estava vazia: pão, manteiga, frios nem em sonho. Como turista nesta época é raridade, só tem enlatado mesmo. Cerveja, sardinha, uns vidros de palmitos suspeitos, com cara de que foram extraídos do quintal mesmo, e molho de tomate. "Só que o macarrão acabou, moça. Vamos reabastecer pro ano novo".



Bom, mas com aquele marzão, o peixe estava garantido, certo? Errado. Nadávamos com eles, passávamos horas no píer observando-os, mas sem nenhuma varinha à mão, ter um deles para botar na panela era difícil. Muitos pescadores estavam embarcados à caça de camarão para vender na cidade e os poucos moradores locais que tinham um peixinho não queria saber de vender - era para a subsistência mesmo. O garoto aí da foto descolou o almoço (dele, é claro), e nós ficamos a ver barquinhos, sonhando na esperança de que de algum deles pudéssemos conseguir um peixão! (Continua...)

4 comentários:

  1. Passamos uma tarde do tal Saco do Manmanguá...um pareaíso. Pegamos um barco simples em Paraty Mirim. O barqueiro era filho do senhor Zizinho (caiçara de bastante idade) e com muitas histórias para contar. Para encerrar a tarde belíssima...almoçamos no Bar do Ziziznho. Veio muito camarão a Paulista...salada com os tomates colhidos alí mesmo...no jardim e um peixe frito maravilhoso! Foi um dia inesquecível... voltarei logo que puder

    ResponderExcluir
  2. olá,

    aonde vc se hospedou no saco do mamaguá?
    gostaria de ter dicas de hospedagem...
    abs
    carol

    ResponderExcluir
  3. bom dia Mônica, mamanguá é um paraíso sem serpente é claro. e minha sogra tem um quiosque lá que é uma maravilha. quiosque da maria, é uma beleza em frente a praia.
    e o garoto ai é o dudu meu sobrinho.
    email: valprecioso@bol.com.br

    ResponderExcluir
  4. o saco do mamanguá é uma ria não um fiord

    ResponderExcluir

Faça uma blogueira feliz: comente!