28 agosto 2008

Dia de feira

"Bom dia linda, o que vai querer hoje?"
"Moça bonita não paga, mas também não leva!"
"Olha o abacaxi fresquinho, experimenta vai"
"Moça, compra um pastel?"



Eu sou daquelas que ainda preferem a bagunça da feira livre aos sacolões e supermercados. Talvez porque tenha gosto de infância. Ia com minha mãe toda quarta-feira e o programa incluia um pastel e um suquinho. Olha que trash, mas eu adorava aquelas bebidas coloridas feitas sei lá do que e que eram vendidas dentro de brinquedinhos plásticos! Bonequinhas, revólveres, carrinhos... Se fazia mal à saúde? Claro que não: eu e uma geração inteirinha estamos aqui vivos para contar! Aliás, será que ainda existe aquilo?

Tentei pesquisar de onde vieram as feiras livres e, como previsto, é tudo incerto. Mas muito provável que tenham surgido por volta de 500 a.C., no Líbano. Faz sentido, afinal, até hoje as feiras permanecem como enorme importância comercial no Oriente Médio, onde mercadores vendem aos berros toda a sorte de produtos.

Mas voltando às melancias, abobrinhas e afins. Eu nem preciso comprar nada na feira, curto mesmo é o passeio, com o sol batendo na cara. Gosto sobretudo das barracas de ervas frescas, de especiarias. Cominho, orégano, canela, louro...E pimentas, adoro pimentas...

Agora eu cresci, moro sozinha e minha feira não é mais às quartas. Perto da minha casa tem duas, uma às quintas e outra aos domingos. Hoje, então, é dia de feira! E lá fui eu: andei de ponta a ponta vendo o colorido das bancas, comprei terra para minhas plantas, ri sozinha de um congestionamento de carrinhos de feira causado por umas senhorinhas estressadas e troquei o pastel por esta tapioca aí ao lado. Com a água de coco, meu almoço saiu por 5 reais. Mas como diz aquele slogan do cartão de crédito, trabalhar em casa e poder se dar ao luxo de passear na feira não tem preço!


Em tempo: adoro feiras livres "perto de casa" mas não "na porta de casa". Uns dois meses atrás fiquei sabendo de um apartamentinho barato em um lugar que me interessava. A empolgação virou fumaça quando me dei conta que bem em frente ao prédio tem uma feira, também às quintas. Essa coisa de não poder tirar o carro quando quer e acordar com gritos de feirante às 3, 4 da manhã eu dispenso. Mas fico feliz porque o mundo é plural: tem muita gente que nem liga para isso e as feiras estão aí!

5 comentários:

  1. Hum... adoro pimentas...pena que no momento não estou podendo comer.
    Adorei a matéria.
    Vida longa Mônica!!

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  2. Legal esse blog!!
    bem sincero...faz com que o leitor se sinta conversando com você!

    Como palpite: conheci um bar Empório Sta. Therezinha, que dentro é como um dos empórios do mercadão só que com um bar e mesinhas, garçons na frente. então, fora o cardápio, você ainda pode comprar algo lá dentro e eles preoaram e servem para você nas mesas!! E tem preço razoavel....

    Boa Sorte!!! Sucessooo!!
    Beijos,

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  3. Parabéns! Gostei do teu novo empreendimento!
    ABraço

    Alexandre!

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  4. Valeu Alê, vou procurar descobrir a sua dica e quando tiver um post por aqui eu te aviso. Beijos!

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  5. Hum.. feira é tudo de bom mesmo, adoro ir

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