09 dezembro 2008

Meu novo necessàire

Outro dia, aqui mesmo nesse blog, ao narrar a dificuldade que foi cozinhar sem nenhum temperinho lá no Saco do Mamanguá, eu prometi que ia montar uma maletinha de temperos viajante. A idéia ficou na cuca desde então - e fiquei pensando em tudo o que poderia ter comigo sempre, em todos os lugares... Mas, claro, foi preciso impor limites às minhas idéias malucas, senão em vez de uma maletinha de temperos, eu teria mesmo era de sair por aí puxando uma mala de rodinhas.

Como a vida precisa ser simples, decidi reduzir meu kit de primeiros socorros na cozinha a apenas seis vidrinhos (daqueles de geléia mini - paguei míseros R$ 0,87 por cada na 25 de Março). O resultado está aí. Onde quer que eu vá (na praia, na fazenda, no camping...), terei sempre à mão a partir de agora:

Orégano: para os antigos gregos, ele tinha o poder mágico de trazer felicidade. E eu concordo: dá vida nova a um simples tostex de queijo branco, perfuma a berinjela à parmegiana, o molho de tomate e, claro, as pizzas!


Curry: o exótico tempero de origem indiana é, na verdade, a mistura de muuita coisa. Pode levar até uns 20 ingredientes diferentes, mas em geral tem canela, vários tipos de pimenta, cardamomo, gengibre (qualquer dia vou tentar fazer em casa, aí conto o resultado e se der certo passo a receita). O fato é que além de deixar a comida com cor vibrante, dá um sabor danado. Vai bem em sopas, legumes, molhos... Eu adoro no arroz e no frango.
Pimenta-do-reino: outra especiaria de origem indiana, mas o Brasil atualmente é um dos maiores produtores do mundo. Nem precisa dizer nada, né? Dá aquele adorável toque leve e picante e vai bem em tudo. Para peixes, basta sal, limão e uma pimentinha-do-reino (se moer os grãos na hora, fica mais gostoso ainda).

Ervas de Provence: estas inclui no kit feito trapaça mesmo, porque em vez de uma, tem várias ervas de uma só vez. Trata-se de uma mistura característica do sul da França. A que eu tenho combina alecrim, tomilho, manjerona, salsa, estragão, flores de lavanda, aipo e louro em folhas. Duas colheres de chá fazem maravilha a um quilo de frango inteiro.

Páprica: vem do pimentão vermelho, seco e moído, e tem, dizem, origem latino-americana - mais especificamente, do México. Pode ser mais ou menos picante e é bastante usada também na Espanha, em Portugal (nos embutidos) e no goulash dos húngaros. Fica legal em peixes, carnes, sopas, com batatas...

Manjericão: adotado principalmente nas cozinhas italiana e francesa, mas minha dica é que vai bem em tudo o que leva tomate. Sou especialista em transformar qualquer pedaço de pão esquecido (mesmo sem ser italiano) em bruschettas: é só cobrir com tomatinho picado, queijo, manjericão (claro, as folhinhas frescas são muuuito melhores) e um fio de azeite, levar ao forno e... pronto!
PS.: Ainda não achei a maletinha ideal para os vidrinhos, não vejo a hora de viajar e usar meus temperos de viagem e, claro, continuo na busca de uma solução mágica para carregar ervas frescas em vez das desidratadas.

4 comentários:

  1. Oba!!! Vamos ter temperinhos até onde não há comida!!! rs... Adorei a idéia!!!
    bj

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  2. Inclusive na sua casa, se precisar!!!!!!!!!!! rs bjs, obrigada pela visita.

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  3. Adorei seu necessaire básico e a descrição de cada item. Vou copiar e nunca mais terei que comer sem tempero. Obrigada pela dica. Aliás, teu blog é todo ele uma delícia.

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  4. Amei a ideia, aqui em Portugal tem uns vidrinhos redondos e compridinhos no mercado ja com estas especiarias, como não tem uma 25 de março aki vou apelar a eles mas a dica é otima da seleção.

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