
Veja só: outro dia entrei na loja da rede que tem (melhor, tinha) na Padre João Manuel, quase esquina com a Alameda Lorena. Achei algo diferente no ar, mas, enfim, pedi meu quibe redondo para viagem como de costume. Cheguei em casa, abri, e que medo... A cor, o formato e, sobretudo, o sabor estavam diferentes. O recheio, se tinha nozes, não percebi. Mas sal, ah, o cara mandou ver no sal!
Passei lá no dia seguinte e olhei com mais atenção: os funcionários eram os mesmos, a placa estava lá, mas o nome "Jaber" fora apagado. Persistente que sou entrei, fiz o mesmo pedido (um quibe redondo para viagem!) e puxei papo com a atendente.
- Não é mais Jaber, mas é tudo igual, porque o cozinheiro não mudou, explicou ela. Era tudo feito aqui mesmo.
- Mas o quibe redondo vinha da matriz do Paraíso, não?, retruquei.
Ela, constrangida, concordou. Paguei triste, peguei meu salgado para viagem, e antes de sair perguntei:
- Qual o novo nome da casa?
- Ainda não tem. Por enquanto, vai ficar sem nome, para que os clientes não se assustem com a mudança, respondeu a moça.
Assustar não é bem a palavra, fui embora pensando. É mais que isso. É decepção, é tristeza, é sentimento de abandono. Claro, o mundo não acabou. Ir à matriz no Paraíso continua sendo um dos meus programas preferidos, mas... Tô pensando seriamente em lançar um movimento pelo direto de todo paulistano morar ao lado de um Jaber.
PS.: Claro que não desisti do salgado. Mais uma vez cheguei em casa, abri e provei. E mais uma vez estava muuuito salgado. Estaria o cozinheiro apaixonado? Afinal, dizem, gente apaixonada vive com a cabeça no mundo da lua e erra a mão no tempero...
primeira...
ResponderExcluirnunca comi desse kibes mas so de saber do recheio com nozes devia ser muitooooooo bom mesmo.
bj
Ainda bem que ainda tem esse kibe redondo com recheio de nozes aqui na Fradique. Mas se for fazer o manifesto, eu assino! Direito para todos! rs
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