21 dezembro 2008

Refrigerante 15, muito prazer

Há quase dois anos, por motivos profissionais, tenho ido muito a Jaú, no interior de São Paulo, a 299 km da capital. E desde a primeira vez uma coisa me chamou a atenção: o fanatismo por um tal refrigerante que só vejo no cardápio de bares e restaurantes e nas prateleiras de supermercados daquelas bandas. É assim: para a maior parte dos jauenses, depois da Coca-Cola, o melhor refrigerante do mundo é Refrigerante 15, disponível em cinco sabores: guaraná, cola tradicional e light, laranja, maçã e soda limonada, que é o mais vendido de todos. Alguns, aliás, não titubeiam em colocar o 15 no topo da lista.

Curiosa que sou, provei guaraná 15 e, claro, continuo achando que o Antarctica, com laranja e uma pedrinha de gelo, é imbatível. Mas gosto não se discute, sobretudo, quando entra em jogo aquela coisa de memória afetiva, né? Eu, que tomei muita Tubaína (produzida pela empresa Ferráspari, de Jundiaí desde os anos 40, e imitada à exaustão) quando era criança, sou capaz de jurar que aquela bebida tutti-fruti é uma delícia.

Só para ter uma idéia do poder da marca Refrigerantes 15, a fábrica completa no próximo ano 85 anos de atividade e produz, por dia, 72 mil litros de refrigerante. As garrafas pet de 2 litros são distribuídas para as cidades situadas no raio de um 100 km da cidade de Jaú. O Refrigerantes 15 é ainda o patrocinador oficial de outra paixão da cidade, o time de futebol XV de Jaú, também um veterano prestes a completar 85 anos e que em 2009 vai disputar a série A3 do Campeonato Paulista.

Rapidamente, lembro de outros dois refrigerantes regionais que fazem sucesso de montão:

Guaraná Jesus: produzido em São Luís, no Maranhão, e invenção de um farmacêutico nos anos 20. Ele tentava criar um remédio a base de guaraná e outros dezesseis ingredientes amazônicos usando uma máquina de gaseificar. Jesus, como era chamado o farmacêutico ateu, acabou criando a famosa bebida cor-de-rosa com gosto de cravo e canela, hoje um dos símbolos culturais do Maranhão. A Coca-Cola, que não é boba nem nada, foi lá e pagou uma fortuna para ser o distribuidor do Guaraná Jesus.

Mineirinho: é um refrigerante de guaraná e chapéu-de-couro, fabricado em São Gonçalo e distribuído principalmente no estado do Rio de Janeiro. O nome deve-se a sua origem: ele nasceu em Ubá, Minas Gerais, em 1946. Foi só nos anos 80 que uma empresa fluminense comprou os direitos de fabricar a bebida, hoje distribuída pela Brahma. A produção é pequena e a versão mais facilmente encontrada no Rio é o Mineirinho em garrafa pet. Mas, com sorte, você acha também naquelas máquinas post-mix, que tem Pepsi e outros refrigerantes Brahma.
E você? Conhece, é fã, ou já provou algum refrigerante regional? Conte aqui, ajude a aumentar a lista!

3 comentários:

  1. Vou acrescentar a lista o Guaraná Goianinho e a Pitchulinha fabricados pela empresa Goiana Cervejaria Imperial no mercado desde 1962. http://www.grupoimperial.com.br

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  2. Lembrei tambem do convenção de ITU que esta no mercado desde a decada de 50

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  3. Eu e aminha família conhecemos o guaraná 15 há três anos. Somo de São Paulo e sempre viajamos para Bariri, cidade ao lado de Jaú. Consumimos esse refri, além de tazê-lo pra São Paulo toda vez que vamos pra lá, pois a minha filha adora. Somos fãs do guaraná 15 e é uma pena que não o encontramos por aqui.
    Selma Camargo

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