29 setembro 2010

Agradeça ao Richard Hellmann

Passei no supermercado para abastecer a geladeira e parei diante das prateleiras de maionese. Ai, deu calafrios! Eram tantas diferentes que eu fiquei sem rumo. Você que lê, deve estar pensando: "ué, mas vá na melhor, compra Hellmann’s". E era justamente isso que eu tentava fazer!

Só que fui atrás da Hellmann’s Light (eu sei, não faz diferença, mas eu gosto de acreditar que faz) e não tinha. E aí comecei a olhar para a família Hellmann's inteira: achei com limão, livre de gorduras trans, sabor manjericão, de queijo... Vi até Hellmann’s de Leite. Ai, que medo! Salve a original, não tem erro. Peguei, joguei no carrinho e lá mesmo no supermercado comecei a lembrar da história desta marca de maionese que é a primeira de todas - entre as industrializadas, of course!

A maionese, originalmente, é um molho fundamental da culinária, conhecido desde o século XVIII, servido frio e preparado à base de gemas batidas e azeite de oliva. Mas foi um alemão que teve a ideia de botar a coisa em vidros. Em 1905, recém-chegado a Nova York, Richard Hellmann abriu uma lojinha em que vendia a maionese caseira feita por sua mulher. A receita era das boas, fez sucesso e sete anos depois acabou despertando a atenção da indústria. Sempre me pergunto, será que ele ficou rico? Não sei... Nunca encontrei esta resposta. Mas para sorte dos nossos lambuzados lanches preparados na hora da fome (e para o azar da circunferência de nossas cinturas) a maionese Hellmann’s, sabe-se lá com quantas calorias a cada colher de sopa (não vou pesquisar isso, não quero saber!) está aí até hoje.

Outra hora, para engordar a lista de coisas trash para lambuzar o pão e tudo o mais que sua imaginação ousar descobrir, conto a história do bacana que enfiou 25 tomates em um vidro e fez nascer o catchup.

27 setembro 2010

Domingo + chuva = invenção na cozinha


Esse não é, definitivamente, um blog de receitas mas, vez ou outra, abro uma exceção e há até um tópico, Testado e Aprovado, com algumas delas. Na verdade, por enquanto sou melhor comilona que cozinheira, mas pratico bastante. E cá entre nós, dos tempos de vida em república de estudantes, quando miojo tinha status de refeição completa, até hoje, eu melhorei bastante. Aliás, tem gente que acha que eu sou fera nas panelas. Como alguém-não-sei-quem disse um dia, "tudo é uma questão de atitude". E eu, quando quero, engano bem.

   Inspirada por um chilli delicioso que comi outro dia no bar Exquisito!, na Bela Cintra, minha última investida no domingo chuvoso foi fazer esse chilli aí da foto, servido com nachos e um cream sour também de improviso. Sem um chef mexicano para me dar uma aula, trilhei o caminho óbvio: internet. Depois de milhares receitas, cheguei à minha. Ficou faltando o guacamole para acompanhar, mas como estava chovendo a cântaros (graças a Deus!), me arrumei com os ingredientes que tinha em casa.

Como nos conta a carioca Marcia Algranti em seu eficiente Pequeno Dicionário da Gula, o chilli com carne é um prato tex-mex, com forte influência americana, bastante comum em cidades que fazem fronteira com o México e também em Nova York. Consiste em carne ensopada com temperos e pó de chilli (mistura de pimenta seca moída, orégano, cominho, coentro, alho, cravo e pimenta da jamaica) que, ao final, é acrescida de feijão.
Bom, eu não tinha o pó de chilli em um domingo chuvoso, mas tinha pimenta dedo-de-moça no vasinho que cultivo aqui em casa. E, claro, que primeira investida, não ficou igual ao do Exquisito!, mas eu chego lá. Mãos à obra?

O que usei:

300 gramas de patinho moído
1 1/2 xícara de feijão fradinho cozinho
Alho e cebola para refogar a carne
Tomate em cubos
Umas dez pimentas dedo-de-moça pequenas (bom... eu curto receitas apimentadas!)
E um monte de tempero: cominho, páprica, orégano, coentro, cravo, noz-moscada e sal.

Como fiz:
Primeiro cozinhei o feijão só com uma folha de louro e bati metade dele no liquidificador com um pouco da água do cozimento, para formar uma pasta.
Em outra panela, coloquei azeite, refoguei alho e cebola e a carne. Aí fui juntando o tomate, os temperos e as pimentas. Por último, coloquei a pasta de feijão e os grãos que sobraram amassando-os um pouco com o garfo.

Para o cream sour
Bati um pouco de cream cheese com duas colheres de creme de leite e suco de limão. Era o que tinha em casa, mas, de boa? O original (no Santa Luzia tem) comprado é bem melhor.

21 setembro 2010

Já é hora de panetone?

Panetone, agora?
Estava lá circulando pelo supermercado com meu carrinho de compras, na sessão de hortifruti, disposta a começar a semana com a geladeira cheinha de frutas, quando quase derrubo uma pilha de caixas que surgiu do nada. E o que tinham as caixas? Panetones. Muitos, dezenas, centenas, talvez milhares. Enquanto os promotores afoitos tentavam descobrir a maneira de deixar aquela montanha de bolo natalino ainda mais em evidência, eu consultava na memória o calendário: 21 de setembro, daqui pouco mais de noventa dias estamos no Natal.
Voltei para casa imaginando que já deve ter um monte de gente pensando nos presentinhos, no corre-corre. Cantarolei Cazuza, "o tempo não pára!" (com acento sim, pois quando ele e o Arnaldo Brandão compuseram a música a gente ainda nem sonhava com Acordo Ortográfico). Então, sentei diante do notebook disposta a escrever um post sobre a origem do panetone mas... que nada!
Esse texto aqui vai ficar em mera constatação, pois ainda não é hora de panetone! Há tantos outros posts para escrever antes de falar de panetone, oras. Por enquanto, único panetone que eu quero e recomendo é aquele em fatia, vendido o ano inteirinho na Cristallo, por R$ 7,00. Para acompanhar, vou de expresso (R$ 3,30).

14 setembro 2010

Pequenas joias açucaradas

Amêndoas da Conti Confetteria (Crédito: Divulgação)
Adoro amêndoas confeitadas - do colorido suave, que remete à infância, ao delicado sabor, tudo é de uma sofisticação! Sempre que compro um saquinho faço um pacto com minhas culpas calóricas, prometendo que vai durar vários dias na bolsa, que vou degustar uma a uma, em ocasiões especiais. Mas não rola: passo o dia pensando que tenho aquelas pequenas joias açucaradas na bolsa, acabo concordando com os meus botões que mereço só mais umazinha hoje e... quando me dou conta, já foi!

Pistache açúcarado (Crédito: Divulgação)


Muito comuns nos casamentos, sobretudo de árabes e italianos, as amêndoas confeitadas simbolizam a sorte e a felicidade do casal. Em geral, elas são entregues depois da festa, para agradecer os desejos de saúde, riqueza e vida longa recebidos, mas também é comum enviar amêndoas no convite de casamento ou junto com o cartão em que o casal agradece a presença dos convidados no festão. 

Apaixonada pelo universo alegre do doce, a italiana Antonella Conti criou a Conti Confetteria, que é uma verdadeira perdição, com quinze lojas na Itália, além de pontos de venda na Harrod's, em Londres, nas cidades de Abu Dhabi e Dubai, nos Emirados Árabes e, para alegria das noivinhas brazucas de plantão, no Shopping Morumbi, em São Paulo. 
Amêndoas de chocolate e de mexerica (Crédito: Divulgação)

A loja é, na verdade, um showroom para encomendas para casamentos, eventos e afins, mas lá também é possível comprar amêndoas confeitadas a granel. São 34 sabores, como a avola regina (amêndoa sem pele embebida em licor de laranja) e as amêndoas envoltas em chocolate amargo, branco ou ao leite, além de avelãs trufadas com chocolate branco e pistaches confeitados, que chamam a atenção com as cascas verdes de açúcar. As cores, aliás, são um show à parte. Além da tradicional branca e das coloridas em tons pasteis, encontra-se amêndoas douradas, prateadas e até vermelhas.









13 setembro 2010

Para os chocólatras de plantão

Bolo divino (Crédito: Divulgação)
Confesso que não sou louca por chocolate. Entre um bolo de chocolate e um bolo de fubá da vovó, daqueles sem recheio e cobertura, eu fico com a segunda opção. Mas sou formiga - e formiga que é formiga não recusa açúcar jamais. Fora isso, tenho a desculpa de que "faz parte do ofício". E isso já basta para eu ter ficado beeem interessada em provar o bolo divino (R$ 65,00 o quilo), novo lançamento da Anusha. Receita da chocolatière Ana Maria Castanho, a tentação é feita de massa, camada de suspiro e ganache, tudinho de chocolate. É servida quentinha e faz boa parceria com o expresso simples (R$ 2,50), feito com blend próprio. Agora se a pedida é encarar uma dose extra de caloria sem culpa, que tal o café Anusha (R$ 6,00), que chega com Nutella?
Em visita à loja, aproveite para conhecer a linha de brigadeiros, que não para de crescer. Entre as novas versões estão o de marzipan (R$ 4,00), o de paçoca (R$ 3,50) e o de Amarula (R$ 4,00).