17 março 2010

Um legítimo Picuí na Boa Lembrança

Como diria minha mãe, tudo tem seu lado bom - até mesmo o trabalho. No ano passado, enviada para Maceió para visitar os melhores bares, restaurantes e comidinhas do especial O Melhor da Cidade publicado pela Veja, tive a oportunidade de conhecer o Picuí, vencedor da categoria Bom e Barato.

O restaurante, não há dúvidas, é um autêntico descendente da família paraibana da minúscula cidade de Picuí, que ao longo das décadas se espalhou pelo nordeste propagando sua especialidade: a carne de sol. Só que com o chef Wanderson Medeiros, filho do fundador, esse Picuí foi além, inovando na apresentação dos pratos, na mistura dos ingredientes (que dizer da carne de sol de avestruz com molho cremoso de abórbora e bananas salteadas no azeite e do incrível sorvete de rapadura com fios de mel do engenho?) e na charmosa decoração do restaurante à beira-mar.

Daí mais que merecido o fato de, a partir de agora, o Picuí fazer parte da Associação dos Restaurantes da Boa Lembrança. Que a novidade sirva de estímulo para que Wanderson continue a criar pratos capazes de encantar os olhos e, sobretudo, o paladar. Se estiver por Maceió, visite!


12 março 2010

Legalize Cachaça!

Outro dia, para uma matéria da revista Dufry, entrevistei o americano Steve Luttmann. Sujeito boa praça, divertido, cuja história é parecida com a de muitos gringos que desembarcam por aqui. Logo de cara, ele se amarrou em duas coisas: mulher brasileira e caipirinha. Só que não parou por aí. Luttmann casou com uma brazuca, que agora vive com ele nos Estados Unidos, e comprou uma antiga destilaria na cidade Pato de Minas, onde produz, com a ajuda de um master distiller francêsv a cachaça Leblon. Já no primeiro time das branquinhas, a bebida que tem entre seus fãs o chef-mais-queridinho-do-país Alex Atala é mais vendida lá nos states do que por aqui.

Só que tem um probleminha: os órgãos responsáveis locais não reconhecem a marvada. Por lá, vejam só que sacrilégio, nossa água-que-passarinho-não-bebe é vendida como brazilian rum. Então, de olho no dia que todos americanos saberão pedir Ka-SHA-sa e Kai-pur-EEn-ya assim, com a boca cheia (e também no dia em que seu cofrinho é, claro, vai ficar ainda mais recheado), Luttmann lançou o movimento Legalize Cachaça. Na esteira, há ações promocionais como a desse, digamos, "cachaça móvel", que vem percorrendo as praias de Miami há cerca de um mês tocando bossa nova e distribuindo.... Você disse Ka-SHA-sa? Errou! Só caldo de cana fresquinho mesmo, porque nos EUA a distribuição de bebidas alcóolicas na rua é proibido. O carrinho só libera a caipirinha feita de Leblon quando estaciona dentro de eventos fechados. Coisa de gringo!

03 março 2010

Sorvete (e surpresa) no palito

Nas minhas memórias de infância há lembranças de muito sorvete de palito Kibon tomado na beira de praia. Dos mais simplezinhos, gostava dos de coco - aliás, gosto até hoje. Mas o mais legal era a expectativa de encontrar uma surpresa no palito. Diziam que tinha até bicicleta, mas nunca conheci alguém que tenha ganhado uma. Mas eu ganhei uma vez um bumerangue vermelhão - daqueles perfeitos para atacar cabeça de tia na beira da praia - e muito, muito, muito "vale outro sorvete". Taí: acho que os verões à beira mar foram as épocas mais sortudas da minha vida. Ganhava sempre mesmo. A mania da promoção continua e está bem mais incrementada (a Kibon já congelou com devido isolamento térmico até ipod dentro do sorvete), mas eu já não me empolgo tanto.

Mesmo assim, achei bacana saber que a brincadeira está rolando também com os picolés do Lá na Venda. Em tempos de culto à dieta, pode até parecer presente de grego. Mas, se a gente precisa de uma desculpa para encarar mais um, vale lembrar que os sorvetes da marca são natureba, tudo feito sem corante ou conservante, sacou?


Socorro!!! Continuo com a ideia fixa de abandonar o jornalismo e virar sorveteira.

01 março 2010

SP Restaurant Week começa hoje

Pois, começa hoje a 6ª edição do São Paulo Restaurant Week. Até dia 14, 200 restaurantes oferecem entrada + prato principal + sobremesa por um preço único: R$ 27,50 no almoço e R$ 39,00 no jantar (mais R$ 1,00 para a Fundação Ação Criança). Espiei a lista e senti algumas ausências, que marcaram presença nas outras edições (Sei lá, será que rolou uma debandada dos restaurantes, digamos, mais bacanas?). Ainda assim, tem bastante endereço que vale a pena. É só clicar aqui, escolher, se programar e curtir.