28 novembro 2008

O melhor bolo de chocolate do mundo...agora em Higienópolis


Batizado assim por um portuga nada modesto, a confeitaria O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo vende, é claro, o tal melhor bolo de chocolate do mundo. Não gosto de conclusões definitivas, sobretudo quando o assunto é doces, minha paixão. Mas o fato é que o tal bolo é mesmo muuuito bom! A marca portuguesa, na ativa em Lisboa desde o fim dos anos 80, abriu sua primeira loja aqui no ano passado, na Oscar Freire, nos Jardins. Desde o início deste mês, está em funcionamento a segunda loja, na Rua Alagoas, no bairro Higienópolis - e ainda tem uma terceira para inaugurar na Vila Madalena neste finalzinho de ano.

Lá, é claro, você tem de pedir o incrível bolo que não leva farinha nem fermento: é feito com o chocolate de alta confeitaria francesa Valhrona e está disponível em duas versões, a tradicional e a meio-amarga, que tem 70% de cacau (esta é a minha versão preferida!!).

Mas, antes, coma uma empadinha ou um sanduíche recheados com o autêntico queijo da Serra da Estrela. Ai que saudade da terrinha... Aqui, isso é raro e custa uma fortuna, mas, meses atrás, quando estive por lá, eu comia esse queijo como se fosse queijo Minas!

27 novembro 2008

Então... é Natal!

Não vou dizer que o ano voou, porque fiquei sabendo que o tempo parece passar mais rápido para os mais velhos - logo, não é o meu caso. 2008 está durando o que tem de durar, mas feito um passe de mágica eu tive a certeza de sua finitude. Foi assim: tirei uma semaninha de praia e, quando voltei, tudo mudou.

Os supermercados estão recheados de panetones (agora parece que toda marca de biscoito também vende panetone e uma amiga acaba de me contar que já está fazendo os dela em casa), a Oscar Freire à noite está todinha iluminada e as vitrines tem neve (artificial, of
course). Mas a certeza mais absoluta, real e, claro, deliciosa, foi ganhar meu primeiro presente de Natal ontem. Verdade que tomei um susto quando minha amiga Edmary chegou com a caixinha embrulhada - mas foi tudo de bom! Para quem não sabe (já falei disso aqui no blog), eu adoro chás. Vejam então essa caneca de porcelana, com coador para infusão e colherzinha. Não é a minha cara? Adorei!

PS.: Apesar do título deste post, sinto calafrios quando ouço Simone cantar "Então é Natal". Mas se for para ganhar mais presentes, eu suporto!

26 novembro 2008

O Ritz agora é smokefree

O descolado Ritz decidiu aderir ao movimento smokefree. Isso quer dizer que lá dentro ninguém mais pode fumar. Não sou fumante, não vou discorrer sobre os malefícios do tabaco e muito menos sobre os direitos de quem fuma ou não fuma. Mas eis um assunto que dá pano pra manga.

Confesso que acho tudo de bom almoçar ou jantar sem levar umas baforadas. Mas também confesso que entendo quando um fumante diz que noite, papo e cerveja são indissociáveis do cigarro... Bem, como ficou claro, eu não tenho opinião formada (o que vocês acham, heim???), mas cá com meus botões acho que isso não é uma modinha passageira não. Nas principais capitais do mundo, tem muito bar, café e restaurante smokefree.

Bom, então, só me resta fazer um pedido: amigos fumantes, peloamordedeus, não deixem de me acompanhar ao Ritz quando a minha vontade por aquele hambúrguer delicioso (sim, continua ótimo, devorei um semana passada) bater forte demais! A casa promete que serão colocados mais cinzeiros à disposição dos clientes nas áreas externas da unidade dos Jardins (Alameda Franca, 1088. Tel.: 3088-6808) e também na do Itaim (Rua Jerônimo da Veiga, 141, Tel.: 3079-2725). Pensando bem, vai, não custa nada ir lá fora acender o seu né?
A medida vale a partir de quinta, 27 de novembro. Ou seja: esta é a última noite para você, fumante inverterado mas que adora o clima do Ritz, soltar umas baforadas por lá.

20 novembro 2008

Saco do Mamanguá - a magia do tempero

...Continuação do post anterior - Sou fanática por especiarias, temperinhos e tudo o mais que pode dar um sabor inusitado à comida. Mas quando esse tipo de ingrediente falta, minha devoção fica ainda mais evidente. Depois de muito jogar conversa fora com pescadores do Saco do Mamanguá, rolou um peixinho. Na verdade, algumas postas de dourado-do-mar, compartilhadas (e devidamente cobradas, é claro) por um deles em Cruzeiro, um povoado do lado oposto ao que estávamos.

Lá perto, na casa de veraneio de um coreano, descobrimos um quintal de delícias. Mamão, hortelã, limão, acerola, goiaba... Para ver como é coisa de hábito mesmo: os caiçaras compram isso em Parati Mirim enquanto o coreano, mais habituado à lida da terra, tinha tudo ali. Como o dono da casa (quase certo que é um comerciante do Bom Retiro) não estava, portão não existia, a fartura era grande e a nossa necessidade maior ainda, "tomamos
emprestado" limão e uns galhinhos de hotelã. Com outro morador local conseguimos duas batatas graúdas. Mas o toque de mestre foi mesmo o shoyo e o azeite, também "emprestados" de outro vizinho, que, diferente de nós, naquele momento estava trabalhando em São Paulo. Na nossa casinha beira-mar, utensílios de cozinha era raridade. Por isso, o peixe pode não ter assim uma presença bacana - mas foi sim o melhor que comi no Mamanguá.

Em tempo: depois da experiência, decidi montar uma maletinha de temperos. Ela irá viajar comigo para sempre, independente do destino.

19 novembro 2008

Saco do Mamanguá - Peixe, só no mar


Tirei uma semaninha de folga e não me passou pela cabeça que encontraria assunto gastronômico em um lugar como o Saco do Mamanguá, no Rio de Janeiro, onde toda a oferta são três barracas de caiçara que servem peixe, arroz, feijão e farinha. Uma delas, tocada por um simpático senhor evangélico, nem cerveja para acompanhar... A verdade é que comida é sempre comida e até quando ela falta vira assunto.


Nem mesmo na alta temporada o único fiorde brasileiro oferece mais que o PF a base de peixe. Chega a ser surpreendente a falta de hábito de fazer uma horta no quintal para garantir uma saladinha, um temperinho... A única coisa que eles plantam é a mandioca, que garante a farinha para o ano inteiro - em boa parte do ano, ela inclusive substitui o arroz.


Desembarcamos no Saco do Mamanguá de mãos abanando, porque disseram que tinha uma venda por lá. Uma trilha de 1h20 e quatro praias depois, chegamos ao tal bar do Zizinho (um dos três do local), que tinha sim uma vendinha anexa. Mas estava vazia: pão, manteiga, frios nem em sonho. Como turista nesta época é raridade, só tem enlatado mesmo. Cerveja, sardinha, uns vidros de palmitos suspeitos, com cara de que foram extraídos do quintal mesmo, e molho de tomate. "Só que o macarrão acabou, moça. Vamos reabastecer pro ano novo".



Bom, mas com aquele marzão, o peixe estava garantido, certo? Errado. Nadávamos com eles, passávamos horas no píer observando-os, mas sem nenhuma varinha à mão, ter um deles para botar na panela era difícil. Muitos pescadores estavam embarcados à caça de camarão para vender na cidade e os poucos moradores locais que tinham um peixinho não queria saber de vender - era para a subsistência mesmo. O garoto aí da foto descolou o almoço (dele, é claro), e nós ficamos a ver barquinhos, sonhando na esperança de que de algum deles pudéssemos conseguir um peixão! (Continua...)

08 novembro 2008

Doce motivo para ir a Paris

Minhas andanças pela Europa são poucas – e gosto de ver um pouquinho de cada vez. Aquela coisa de “toda Europa em 15 dias com tradução simultânea para o português” me dá urticária. Eu não quero apenas ver, mas sim provar tudo o que os novos lugares oferecem. E como não tenho estômago de avestruz e nem ganhei na megasena, é preciso ir com calma, conhecer um lugar de cada vez. Paris continua na lista de desejos e entre tantos motivos somei mais um graças a uma amiga chamada Cláudia. Ela mandou a foto aí de cima dizendo: “vi isso e lembrei de você”. Acertou em cheio!



As éclairs artísticas são da Fauchon, a mesma que tem chás, infusões e geléias vendidos em alguns empórios bacanas aqui de São Paulo (a geléia de frutas vermelhas é incrível!). Em funcionamento há mais de um século, a matriz conta com restaurante próprio, salão de chá, chocolates, mais de 30 tipos de foie gras e muuitos docinhos - entre eles 30 versões de éclairs decoradas. Já está anotado: assim que pisar em Paris (seja lá quando isso vai acontecer) vou correndo para La Maison Fauchon na Place de la Madeleine. Ok, tem várias por lá e e também em outras partes do mundo, mas eu quero ir nesta, fazer programa de turista mesmo! Além do chá em xícara de porcelana Limoges, vou pedir Madame Joconde, essa bomba de creme de chocolate com amêndoas decorada com os olhos enigmáticos da Mona Lisa.

06 novembro 2008

Tome um frozen e salve o planeta


O calor de verdade não deu as caras ainda - mas a novidade mais quente - ops, melhor, mais gelada - do verão é uma questão de dias. Na Alameda Lorena, ao lado do Suplicy Cafés Especiais, e no mesmo endereço onde a rede argentina Havanna tentou emplacar uma loja, está a todo vapor a reforma para a inauguração da Yogurberry. Com várias unidades nos Estados Unidos, inclusive em Nova York, a marca na verdade nasceu na Coréia, está também nas Filipinas, Malásia, China e Vietnã, e deve sua fama, sobretudo, a um conceito.

O carro-chefe da Yogurberry é um frozen yogurt livre de gorduras, que vem acompanhado de frutinhas. E mais: é frozen que não ameaça a circunferência da sua cintura (a porção menorzinha tem apenas 25 calorias) e muito menos causa danos ao planeta, pois a rede tem como bandeira o fato de só usar ingredientes orgânicos, material reciclado e tudo o mais. Ou seja: quem vira fã de um frozen Yogurberry é, acima de tudo, uma pessoa preocupada com o seu bem-estar e com o bem-estar de todos os outros seres do universo. Alguém duvida que a Yogurberry já pegou e que a lojinha nos Jardins, pequena, vai ter fila na porta logo mais? É só esperar para ver.

05 novembro 2008

Tem cara de quê?

Escolher nome é uma coisa muito séria. Duvida? Pense rápido em quantos amigos ou pessoas com nomes esquisitos já conheceu e aí deu graças a Deus por ter um nome assim, digamos, normalzinho. Quando o tema chega ao cardápio então, mais difícil ainda. E olha que o pessoal dos botecos Brasil afora, sei lá se movido a álcool ou não, tem cada idéia! Na Cervejaria Devassa por exemplo, Cachorrona é nome de hot dog, Bem-dotado é uma porção com meio metro de lingüiça e pães e se você chamar pelos Deditos Endiabrados ficará diante de tirinhas de peixe ao molho apimentado. Outros quitutes têm referências musicais, históricas... No A Juriti (R. Amarante, 31, Cambuci, Tel.: 3207-3908), um autêntico boteco inaugurado há mais de cinco décadas, adivinha o que é a calabresa Joana D'Arc? Fritinha da silva, no fogareiro a álcool oras! Pois bem, você não tem o bar, lanchonete ou restaurante e nem tem filho chegando em breve, mas tua caixola está cheia de idéias? Então que tal batizar esse suculento sanduba aí da foto? Ele leva no meio do pão hambúrguer, molho de tomate caseiro com ervas finas, alface americana e maionese da casa e irá fazer parte do cardápio da Matriz Hamburgueria, em São Paulo. Até dia 30 deste mês, você pode passar por lá e dar um nome pro sujeito. A idéia mais criativa, aquela que fizer os donos da casa salivar, vai batizar oficialmente e para todo o sempre o sanduíche. Mas não é só isso: o vencedor será o primeiro a degustar o lanche e ainda ganhará uma viagem (com passagens áreas e hospedagens por sete noites para duas pessoas) para Buenos Aires ou Bariloche. Vale arriscar não?

O Gulodice não morreu, estava apenas regurgitando idéias. Mas agora está de volta.