29 setembro 2008

Coxinha, um capricho real

Dizem que a coxinha surgiu na região de Limeira, no interior de São Paulo, graças aos caprichos de um filho da Princesa Isabel e do Conde D’Eu. Por ser deficiente mental, o garoto teria crescido isolado em uma fazenda. Como muitas crianças, ele tinha lá suas manias alimentares: do frango gostava apenas do peito e das coxas. Um dia, ao perceber que não havia coxas e peito da ave suficientes para dar ao menino, a cozinheira tratou de transformar as outras partes que tinha em coxas, moldando-as numa massa feita a base de farinha e batata. O menino adorou e ao saber disso sua avó, a Imperatriz Tereza Cristina, quis experimentar. Gostou tanto do petisco que acabou levando-o para a corte, popularizando-o. Verdade ou lenda, difícil dizer. Mas o fato é que esta história sobre a invenção do salgado mais popular do país é muito boa!

28 setembro 2008

Um café pra nós dois...

Passado o ti-ti-ti do jacu bird coffee, mas ainda falando de café, resolvi postar essa cafeteria italiana da marca GAT que acaba de chegar no Brasil. É daqueles produtos que entram fácil da lista Objetos de Desejo. O sistema é idêntico ao das cafeteiras italianas: a água é colocada na parte de alumínio e o pó vai em um filtro acima. Assim que ferve, a água passa pelo filtro com o pó e cai, já café, diretamente nas duas xícaras. Se funcionar direitinho, é uma maravilha, pois além de prática ainda é muito bonita, não? Tem em várias cores, custa 119 reais e está a venda nas lojas da Tabacaria Lee (Informações, 2252-2635). Quem importa é a Full-Fit, que aliás traz ao país centenas de outros objetos, daqueles que quem gosta de uma cozinha é capaz de jurar que "precisa".

25 setembro 2008

Jacu coffee (ou café de cocô de passarinho)

Muito já se disse sobre o café kopi luwak, aquele grão ingerido e depois defecado por felinos do povoado de Sumatra, na Indonésia. Atualmente, um expresso feito a partir destes grãos é vendido na rede Starbucks por 28 reais. Pois bem, a partir de hoje São Paulo já tem sua versão tupiniquim, o jacu bird coffee, disponível apenas na loja da Alameda Lorena, do Suplicy Cafés Especiais.

Em vez de felino, nosso “animal processador” dos grãos é está simpática ave aí ao lado, chamada jacu. Especializada em cafés orgânicos, a Fazenda Camocim, cercada de mata virgem na região montanhosa da Pedra Azul, no Espírito Santo, vinha sofrendo muito com os prejuízos causados pelo jacu em suas plantações de café. Mas aí alguém ouviu falar da história do kopi luwak e resolveu fazer o teste. Não é que deu certo? Hoje, os agricultores colhem todas as manhãs os grãozinhos do jacu bird coffee – na verdade, o cocô da ave, que ingere e depois defeca os grãos sem digeri-los. Dizem que da reação química dos grãos com os sucos gástricos do animal é que resulta em um café de altíssima qualidade. A produção é incerta, depende da fome do pássaro, e quase tudo vai para o exterior. Daí o preço sobe, né? No Suplicy, que conseguiu um pequeno lote da iguaria, o expresso jacu custa 8 reais, o solo, e 14 reais, o doppo.

E alguém paga isso em uma xícara de café? Como gosto muuito de café, sou para lá de curiosa e queria postar a novidade no blog, eu paguei. Já tinha provado o kopi luwak no Santo Grão tempos atrás (não está mais no cardápio) e na minha leiga opinião, ambos são parecidos: resultam em bebida leve, saborosa, de pouca acidez e de boa qualidade. Mas não é lá muito diferente dos bons cafés que a gente encontra numa cidade como São Paulo. De diferente mesmo só a reação dos atendentes. Como os raros grãos chegaram hoje, acho que nenhum cliente tinha provado ainda. E todos me olharam com um misto de riso, curiosidade e estranheza. "Afinal, porque ela pediu o jacu coffee?"

24 setembro 2008

De colher


Esta dica eu roubei do blog da minha amiga Silvana Azevedo, que escreve o Garfolândia. Eu sou da turma que dispensa os bolos lambuzados da Amor aos Pedaços. Gosto de doces mais sutis, com mais equilíbrio entre a massa e o que vai no meio. Mas não dá para negar que o recheio deles é muito bom. Adorei a idéia de ter em casa uns potinhos assim, para comer de colher, fora de hora. Deu vontade de sair correndo para a primeira loja Amor aos Pedaços, mas pensando bem.... E a eterna dieta, como fica?

22 setembro 2008

Pequenas jóias de cacau

Adoro doces, mas não sou chocólatra. Troco fácil um Alpino por um docinho de leite. Mas há chocolates e chocolates e aos chamados chocolates gourmets eu realmente me rendo. Em geral eles são delicados, feitos de matéria-prima importada e custam (muito) caro. Em Os Cinco Mais da semana, chocolates que fazer qualquer um (sobretudo as mulheres) perder o juízo.


Saint Phyllipe - Difíceis de achar, vendidos somente em lugares de bacanas como Empório Santa Maria e Enoteca Fasano e custam uma fortura. Mas se dinheiro não é problema ou a proposta é fazer uma loucura, invista sem medo! Depois de estudar na Suíça e estagiar com grandes mestres da pâtisserie, Andressa Vasconcellos criou a marca luxuosa. Feitos de chocolate belga e com recheios variados, os bombons reluzentes vêm em caixinhas pretas com fita dourada. Os de chocolate amargo são os meus prediletos. www.saintphylippe.com.br.

Chocolat du Jour – Tenho verdadeira devoção pelas latinhas douradas da marca. Feito alquimista, a chocolatière Claudia Landmann mistura matéria-prima belga e brasileira. O resultado surpreendente e sem conservantes dá forma a bombons variados, a invenções como pipoca coberta de chocolate e também às trufas que, como anuncia a marca, são feitas no dia. A amarga é minha perdição! Rua Haddock Lobo, 1672, Jardins, 3062-3857. www.chocolatedujour.com.br.

Busy Bee Chocolates – A pequena lojinha na Vila Madalena tem um agradável café anexo e dá para espiar a fábrica dos bombons em ação. Mas eu gosto mesmo é da língua de gato, batizada assim por causa do formato. Vem em caixinha, perfeito para carregar na bolsa. E como a base mistura chocolates importado e nacional, nem custa tão caro. Busy Bee Chocolates, Rua Fradique Coutinho, 1109, Vila Madalena, 3816-6664. www.busybeechocolates.com.br.


Cau Chocolates – Outro lugar que trata os bombons como se fossem jóias, expondo-os em vitrines bacanas e com embalagens lindas. Eles são feitos de Callebaut (uma massa de cacau belga incrível) e ganham recheios variados. Há vários sofisticados, mas a linha mais surpreendente é a Brasil, que tem bombons de maracujá, limão e até caipirinha. Rua Peixoto Gomide, 1740, Jardins, 3081-9820. www.cauchocolates.com.br.

Neuhaus – Para minha tristeza, a loja da Lorena fechou cinco meses atrás - restou apenas a do Iguatemi. A marca belga existe desde 1857 e tudo o que está na loja vem de lá. Reza a lenda que no verão, para manter a qualidade, os bombons ficam no aeroporto em uma sala climatizada e só são transportados para a loja durante a noite. O minúsculo cone de gianduia, meu preferido, custa quase seis reais. Parece caro? Diante da felicidade que me proporciona, não é mesmo! Shopping Iguatemi, 3815-8831. www.neuhaus.com.br.

19 setembro 2008

Comida para ver

É difícil ficar indiferente às criações do artista belga Wim Delvoye. Sua mais famosa obra é Cloaca, uma engenhoca gigantesca que demorou oito anos para ficar pronta e cuja única função é produzir excrementos humanos. Agora o pai da "máquina de fazer cocô" invetou este tapete aí da foto, atualmente exposto no Museu de Arte Contemporânea da Antuérpia. Ele é todinho feito de salame, mortadela, presunto e outros embutidos. Até que ficou bonito, mas eu ainda prefiro estes ingredientes dentro do pão!

18 setembro 2008

Com ou sem colarinho?

Minha lista de Os Cinco Mais da vez elege os locais bacanas para tomar um chope, levando em consideração quesitos totalmente subjetivos do tipo, "é perto da minha casa", "os meus amigos frequentam", "tem cara de praia" e por aí vai. Mas é claro que não tem chope ruim na lista, certo? Na dúvida, percorra a cidade, de bar em bar, e depois me conta.


O Frevinho é bom a qualquer hora, mas sobretudo no meio da tarde nos dias de semana. Se você for um privilegiado como eu, que às vezes pode se dar ao luxo de tomar um chopinho nesta hora, ocupe um lugar no balcão e peça um rabo-de-peixe. A bebida é levinha, saborosa... E saber que o mundo trabalha feito louco enquanto você se presenteia com um pequeno momento de prazer como esse é uma sensação indescritível! Rua Oscar Freire, 603, Jardins, 3082-3434.


Sei pouco de futebol, mas acho tão estilosa a parede cheia de quadros do São Cristóvão! As comidinhas são tentadoras (alheira cai bem com o chope sempre gelado) e o ar desencanado da casa atrai gente bem interessante. Rua Aspicuelta, 533, Vila Madalena, 3097–9904.

Em um domingo ensolarado, para fazer de conta que estou no Rio, o lugar é o Pirajá. A gente toma vários chopes
sem se dar conta. O boteco fica de esquina e as mesas da calçada são as mais bacanas. Para rebater o efeito do álcool peça a porção de croquete de abóbora recheado de carne-seca. Avenida Brigadeiro Faria Lima, 64, Pinheiros, 3815–6881.

O balcão que serpenteia todo o salão do Bar Balcão (redundância, eu sei) faz a gente se sentir entre amigos - não por acaso, sempre tem uns solitários po lá. Mas além de ser perto de casa, gosto pelo clima intimista, propício ao bom papo e à paquera. Depois de alguns chopes, olhe o cardápio. Há ótimos sanduíches, mas eu viciei na porção de mussarela de búfala acompanhada de um cestinho de pão ciabatta quentinho. Rua Melo Alves, 150, Jardins, 3063–6091.

Ah, quantas noites bem terminadas no Filial! Falei que não ia eleger melhor chope, mas dos cinco talvez este seja o meu preferido. Chega um atrás do outro, na temperatura e colarinho ideais, nem precisa pedir. Só tome cuidado porque os garçons, empolgados, as vezes levam o anterior antes mesmo de você arrematar. Da cozinha também saem, madrugada adentro, ótimas porções. Rua Fidalga, 254, Vila Madalena, 3813–9226.
Mônica Santos trocou o carro por táxi faz tempo e não entende porque todo mundo, em vez de se preocupar como driblar os comandos policiais da Lei Seca, não faz o mesmo.

12 setembro 2008

Com açúcar e com afeto

Desde que li Alta Fidelidade, de Nick Hornby, que já virou peça de teatro e filme, peguei mania de listas. Para quem não lembra ou não conhece, o protagonista Rob Fleming é um fracassado com mulheres e passa a vida fazendo listas de tudo. Das melhores e das piores coisas e, sobretudo de suas músicas preferidas. Aliás, a trilha do personagem é show! Daí nasceu a idéia de Os Cinco Mais. De tempos em tempos, vou postar minhas preferências por guloseimas, bebidas, lugarzinhos bacanas, peças em cartaz e o que mais der na cabeça. E não tem melhor tema para começar que... DOCES. Foi difícil escolher apenas cinco, mas aí estão. Em vez de ficar babando, vá experimentar.


Quindim, do Alice Quindim - É vendido em caixinhas em alguns supermercados da cidade, mas o melhor é comprar direto na pequena fábrica de Pinheiros. É de pirar ver os funcionários preparar aquelas pequenas jóias reluzentes. Podem me condenar, mas nem em Portugal provei quindim tão bom. Rua Cônego Eugênio Leite, 1040, 3815-1069.


Bolo de laranja com baba-de-moça, da Vó Sinhá - Caseiro com gosto de infância. A baba-de-moça vai no meio e também na cobertura, formando casquinha crocante em cima da fatia de massa úmida. Com o café curto, forte, rola um contraste de sabores divino. Rua Augusta, 2724, Jardins, 3081-2389.


Brownie, da Helô Doces - Outro vendido em supermercados como o Empório Santa Luzia, em embalagens de 60g, 250g ou 500g, mas vá direito à fonte. O cheiro da massa saindo forno nos recebe na calçada. Lá dentro, por uma enorme parede envidraçada, avista-se a cozinha clara e os confeiteiros, todos de branco, trabalhando o brownie que, incrivelmente, não leva nada de farinha. Daí o resultado único, difícil de reproduzir. Peça um pequeno para comer na hora (é o tipo de coisa que não dá para adiar) e leve uma bandeja para casa. Aquecido, acompanhado de sorvete de creme, faz um sucesso como sobremesa de qualque jantar bacana. Rua Lira, 75 - Vila Madalena, 3814-4854.



Bureka de chocolate, da Casa Búlgara - Bom Retiro é lugar de comprar bastante roupa legal pagando pouquíssimo, certo? Para mim, há definição melhor: é onde vou quando quero matar a saudade das burekas feitas por esta simpática senhorinha de 81 anos, a búlgara Lona Levi. De origem judaica, trata-se de uma rosquinha de massa folhada, com recheios variados, doces e salgados. Mas a de chocolate... O recheio é denso, levemente amargo. A lojinha, muito simples, tem mais de três décadas e a dona Lona, boa de papo, sempre está por lá. Rua Silva Pinto, 356, 3222-9849.

Vol-au-vent de baunilha, da Cristallo. Para começar o dia, para o fim de tarde, para aplacar o mau humor, para entender o que são os pequenos prazeres da vida. Peça um expresso e um mini vol-au-vent. Receita clássica européia, recheada de levíssimo creme de baunilha, tudo feito no dia. Sem mais comentários. Rua Oscar Freire, 914, Jardins, 3082-1783.

10 setembro 2008

Fusca a procura de um dono

Olha só que carango cheio de bossa! É um autêntico Fusca 68 com tudo original. Meninas, tem até espelhinho para retocar a maquiagem! E ele está a procura de um dono, acredita? A promoção é da Lanchonete da Cidade, com três unidades na capital. Leva a jóia quem melhor responder em um cupom: Por que dar um rolé de Fusca na cidade é um barato? A promoção termina no domingo (14) e a resposta também pode ser enviada pelo site. Mas há dúvidas que ir direto lá é mais inspirador? Primeiro tome um chopinho. Depois escolha um sanduba do criativo cardápio (o meu preferido no momento é o mini-bombom, mas isso muda sempre). A decoração da casa nos teletransporta direto para o fim dos anos 50. Pode apostar, nesse climão todo será muito mais fácil criar a frase vencedora. Mas é bom caprichar, porque o páreo será duro e eu também estou muito disposta a sair de Fusca fazendo fon-fon pela cidade!

Lanchonete da Cidade – Alameda Tietê, 110, Jardim Paulista, 3086-3399, Jardins. Avenida Macuco, 355, Moema, tel. 3569-8252. Avenida Magalhães de Castro, 12 000, no Shopping Cidade Jardim, tel.: 3552-1000.

06 setembro 2008

O rapto do Bauruzinho

Como todo mundo sabe - e eu já repeti neste blog - o bauru sanduíche se chama assim porque o cara que o inventou era da cidade de Bauru, a 343 km da capital. E por lá, muita coisa gira em torno do sanduba, tanto que 1º de agosto último, dia do aniversário da cidade, colocaram em um importante parque uma escultura do bauru. Trata-se de um boneco estilizado chamado Bauruzinho. Teve festa e tudo na inauguração e o tal boneco causou a maior polêmica pois, para muitos, aquilo é feio de doer. Logo em seus primeiros dias de existência o infeliz foi pichado.

Na madrugada de sexta quatro estudantes universitários foram além e resolveram levar o Bauruzinho para morar com eles (olha aí ao abaixo a vítima lá, em seu breve momento de cativeiro estudantil). Acabaram presos em flagrante. E o pior de tudo: na casa dos rapazes a polícia achou carrinhos de supermercado, cavaletes, placas de trânsito... Chamaram uma van e a moçada, além de presa, foi obrigada a carregar e descarregar tudo na porta da delegacia.
Não dá para não rir - até mesmo o comandante da PM parece não se conter ao relatar a história diante da TV (se quiser, procure a matéria no Youtube com a palavra "bauruzinho". É hilário). Como não tinham antecedentes, os meninos foram soltos, mas vão responder por furto qualificado e a pena pode ser de 4 a 8 anos de prisão. E ainda ficaram com a decoração da casa desfalcada. O assunto virou tema de mesa de bar e muita gente diz que os meninos tinham livrado a cidade de algo de extremo mau gosto. Não vou entrar neste mérito, julgue você mesmo olhando o estilo da figura!

Em tempo: após prestar depoimentos o Bauruzinho foi para um spa para se recuperar do trauma. Querendo os bauruenses ou não, ele volta para o Vitória Régia. E com direito a outra festa. É só esperar.

04 setembro 2008

Comida por quilo: achados no céu e no inferno

Nas minhas andanças por aí descobri recentemente dois lugares bacanas para fazer uma refeição básica, por quilo. Um fica pertinho da Oscar Freire, um paraíso quando o assunto é caminhar, tomar um café e olhar vitrines (olhar, porque comprar para a maior parte dos mortais é uma missão quase impossível). Outro está na infernal Santa Ifigência, a rua dos eletroeletrônicos e demais bugigangas lá no centro.
O dos Jardins é o Cozinha dos Anjos (Rua Augusta, 2963) e chama a atenção nos detalhes: a decoração clarinha e bem-humorada (tem um sofá retrô azul, nuvens pintadas na parede, muitos espelhos, luminárias modernas e até galinhas), o atendimento gentil, e os rechauds sempre arrumadinhos, bem-cuidados, bonito de ver mesmo. Como em todo bufê por quilo, a comida tem alguns deslizes, mas surpreende por tentar inovar todos os dias com opções lights e outras de pitada mais contemporânea. As sobremesas são muitas e tentadoras: torta de morango, pudim de leite condensado, musses... Mas vale a pena resistir, pois na saída o cliente ganha um mimo como este aí da foto. É um brigadeiro de colher bem pequeno sim, mas quer coisa melhor que adoçar a vida com poucas calorias!?

O outro restaurante fica na muvuca da Santa Ifigênia, por onde circulei outro dia em busca de um suporte para laptop (que por fim acabei comprando por internet, no conforto do meu home office). Numa daquelas muitas galerias cheias de coisas que pouco me interessam (cabo disso, cabo daquilo...) vi uma escada que parecia levar para algum lugar com cara de restaurante. Nem me passava pela cabeça almoçar por aquelas bandas, onde coxinha frita e cachorro-quente de má qualidade parecem ter status de filé mignon. Queria mesmo comprar uma garrafinha de água, respirar e, claro, matar a curiosidade sobre o que tinha lá em cima. Ainda bem que subi. Lá funciona o Sollare 55 (Rua Santa Ifigência, 51/55). É um salão enooorme e fiquei pensando que aos sábados, quando rola feijoada com pagode, aquilo deve ser mais caótico que o vai-e-vem de gente do lado de fora. Mas durante a semana provei a aprovei. O bufê é básico, mas variadíssimo e feito com capricho. Depois de andar horrores naquele inferno de eletroeletrônicos (ok, tem ótimos achados, mas...rs), encontrar este lugar para almoçar foi tudo de bom.